TV, Celular e Tablet proibidos para menores de 12 anos?

Por Jennifer Lemos

Antes de começar a escrever esse post gostaria de falar que não sou mãe. SE eu tiver filhos, por causa do conhecimento que eu já tenho – e que vou passar agora para vocês -, vou restringir ao máximo TV, celular e tablet com as crianças. Mas não julgo quem, por opção, faz diferente. Ao escrever minha opinião aqui eu não estou criticando. Meu intuito, sempre, é levar informações sobre saúde. Acho que o adequado – em qualquer caso – é os pais conversarem sobre determinado assunto, buscarem conhecimento sobre aquilo e encontrarem o próprio caminho na educação dos filhos. Sempre respeitando o vizinho ou o amigo ao lado que conversou, buscou informações e optou por um caminho diferente. 😉
Esse assunto – sobre exposição de crianças às novas tecnologias – me interessou quando a Mirelle – do instagram @13anosdepois – falou sobre os riscos que havia pesquisado (olhem o perfil dela que há salvo em “Telas Não”). Ela é mãe, mora na França e lá há uma lei que proíbe o uso de celulares e tablets em escolas por crianças menores de 16 anos. De fato, quando ela tocou no assunto eu lembrei das últimas viagens que fiz à Europa: é raríssimo ver alguma criança em espaço público com celular ou tablet. Nos restaurantes elas brincam, conversam, desenham ou montam quebra-cabeças… Nos trens ou ônibus quase sempre os pais estão entretendo os filhos de alguma maneira. A Mirelle teve a filha na França e se adaptou à cultura de lá. Uma vez ela disse que você sentar em um restaurante e dar ao seu filho um celular é mal visto. Os franceses já conhecem os riscos e tratam essa atitude como algo muito errado. E vou explicar os porquês.
Pesquisas estão sendo feitas e, cada vez mais, mostram os malefícios do uso de telas em crianças.
A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria atestam que bebês entre 0 a 2 anos não devem ter qualquer exposição à tecnologia; crianças de 3 a 5 anos devem ter acesso restrito a uma hora por dia e crianças de 6 a 18 anos devem ter acesso restrito a 2 horas por dia (Fonte: AAP 2001/13, o CPS 2010). Acontece que crianças estão usando 5x mais do que o recomendado e os danos já podem ser vistos:
– Exposição excessiva às tecnologias pode acelerar o crescimento do cérebro dos bebês entre 0 a 2 anos, podendo causar atrasos cognitivos, problemas na aprendizagem, aumento da impulsividade e falta de controle. Também pode prejudicar a alfabetização e atenção.
– O sedentarismo (que já existe há muito tempo) tem aumentado entre as crianças e dele podem surgir problemas de saúde, como diabetes e problemas cardíacos.
Problemas no sono (agitação, pesadelos, dificuldade em dormir ou não ter um sono reparador – acordar cansado) também são comuns.
– Pesquisas comprovam que o uso excessivo de telas está aumentando taxas de depressão e ansiedade infantil e déficit de atenção.
– Estudos mostravam – em 2009 – que 1 a cada 11 crianças era viciada às novas tecnologias. Não consegui dados atuais, mas sabemos que esse número cresceu, né? De maneira geral, crianças que usam celular ou tablet estão se distanciando de pessoas e brincando menos.
– Especialistas dizem que crianças que ficam muito tempo conectadas a alguma tela podem não saber interagir ou ter contato físico com outras pessoas.
– E, para concluir, o que há alguns meses está sendo debatido é o “autismo virtual”. Não! Não é que a criança desenvolva autismo por causa da exposição às telas. Novos estudos de caso clínicos descobriram que muitas crianças que passam muito tempo em frente a uma tela de TV, videogames, tablets e celulares – têm sintomas rotulados como “autismo”, mas quando os pais retiram as telas por alguns meses, os sintomas desaparecem. O termo para esse fenômeno é “autismo virtual” ou autismo induzido por telas eletrônicas.
De maneira geral – de tudo que eu li em sites de medicina e psicologia – vejo que, atualmente, para queixas de desatenção, descontrole, birra excessiva, problemas de sono, falta de interação social, choro compulsivo, medos, problemas de audição e visão (em que exames clínicos não comprovam nenhuma anomalia), os profissionais da saúde, antes de um diagnóstico definitivo, orientam os pais a fazerem um DETOX de telas com seus filhos para, então, analisar novamente os sintomas e classificarem como alguma doença ou não.
A exposição de crianças às novas tecnologias é grave e pode causar muitos danos no presente, e, também, no futuro. Você, pai ou mãe, avó, tia, adulto responsável… procure outras alternativas para que a criança brinque sem precisar da interação com um videogame; para que ela coma tudo que está no prato sem precisar ficar olhando para o celular; para que ela possa acompanhar eventos sociais sem precisar levar o tablet no carrinho… No livro “A autoestima do seu filho” (que já postei resumo no instagram) a autora fala muito sobre isso. Crianças só querem ser vistas, ouvidas… querem atenção. Dê isso na maior qualidade que puder.
Fonte dos dados: Antes que eles cresçam 

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Renata Hermes
Naturologa
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